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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Mecanismo da Contração Muscular

A Fisiologia e o Mecanismo da Contração Muscular
Fisiologia:


Para podermos entender a fisiologia e o mecanismo da contração muscular, devemos saber como é a estrutura do músculo esquelético.

Os músculos esqueléticos são compostos de fibras musculares que são organizadas em feixes, chamados de fascículos. Os miofilamentos compreendem as miofibrilas, que por sua vez são agrupadas juntas para formar as fibras musculares. Cada fibra possui uma cobertura ou membrana, o sarcolema, e é composta de uma substância semelhante a gelatina, sarcoplasma. Centenas de miofibrilas contráteis e outras estruturas importantes, tais como as mitocôndrias e o retículo sarcoplasmático, estão inclusas no sarcoplasma. A miofibrila contrátil é composta de unidades, e cada unidade é denominada um sarcômero. Cada miofibrila, contém muitos miofilamentos. Os miofilamentos são fios finos de duas moléculas de proteínas, actina(filamentos finos) e miosina (filamentos grossos).



FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

A fisiologia explica os fatores físicos e químicos responsáveis pela origem, desenvolvimento e continuação de qualquer tipo de vida. Na fisiologia humana, é explicado as características e mecanismos específicos do corpo humano, que o fazem ser um ser vivo. O próprio fato de que permanecemos vivos está quase além do nosso controle, pois a fome nos faz procurar alimento e o medo nos faz buscar refúgio. As sensações de frio nos fazem procurar calor e outras forças nos impelem a procurar companhia e nos reproduzir. Assim, o ser humano é, na verdade um autônomo e o fato de sermos organismos com sensações, sentimentos e conhecimento é parte dessa seqüência automática da vida; esses atributos especiais nos permitem viver sob condições extremamente variadas que, de outra forma, tornariam a vida impossível.

Agora será mostrada a fisiologia da contração muscular ocorre por várias etapas e, do estímulo da contração muscular até a sua execução, as etapas são as seguintes:

1) Um potencial de ação trafega ao longo de um nervo motor até suas terminações nas fibras musculares;

2) Em cada terminação, o nervo secreta uma pequena quantidade de substância neurotransmissora, a acetilcolina;

3) Essa acetilcolina atua sobre uma área localizada na membrana da fibra muscular, abrindo numerosos canais acetilcolina-dependentes dentro de moléculas protéicas na membrana da fibra muscular;

4) A abertura destes canais permite que uma grande quantidade de íons sódio flua para dentro da membrana da fibra muscular no ponto terminal neural. Isso desencadeia potencial de ação na fibra muscular;

5) O potencial de ação cursa ao longo da membrana da fibra muscular da mesma forma como o potencial de ação cursa pelas membranas neurais;

6) O potencial de ação despolariza a membrana da fibra muscular e também passa para profundidade da fibra muscular, onde o faz com que o retículo sarcoplasmático libere para as miofibrilas grande quantidade de íons cálcio, que estavam armazenados no interior do retículo sarcoplasmático;

7) Os íons cálcio provocam grandes forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina, fazendo com que eles deslizem entre si, o que constitui o processo contrátil;

8) Após fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático, onde permanecem armazenados até que um novo potencial de ação chegue; essa remoção dos íons cálcio da vizinhança das miofibrilas põe fim à contração.



MECANISMO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

Aqui será demonstrado a teoria dos filamentos deslizantes, uma série de hipóteses é admitida para explicar como os filamentos deslizantes desenvolvem tensão e encurtam-se, uma delas é a seguinte:

1) Com o sítio de ligação de ATP livre, a miosina se liga fortemente a actina;

2) Quando uma molécula de ATP se liga a miosina, a conformação da miosina e o sítio de ligação se tornam instáveis liberando a actina;

3) Quando a miosina libera a actina, o ATP é parcialmente hidrolizado (transformando-se em ADP) e a cabeça da miosina inclina-se para frente;

4) A religação com a actina provoca a liberação do ADP e a cabeça da miosina se altera novamente voltando a posição de início, pronta para mais um ciclo.



Tipos de Contração Muscular

A maior e mais freqüente fonte de força gerada dentro do corpo humano é pela contração dos músculos. Forças passivas adicionais ocorrem pela tensão das fáscias, ligamentos e estruturas não contráteis dos músculos.

Normalmente, os músculos nunca se contraem isoladamente, porque isto produziria um movimento não funcional estereotipado. Por exemplo, a contração isolada do bíceps do braço produziria flexão no cotovelo, supinação do antebraço e flexão do ombro. Em vez disso, diversos músculos em uma refinada combinação de forças contribuem para produzir a força desejada e o resultante movimento ou composição do segmentos.



CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA

Quando um músculo contrai-se e produz força sem alteração macroscópica no ângulo da articulação, a contração é dita isométrica. As contrações isométricas são muitas vezes chamadas de contrações estáticas ou de sustentação, normalmente é usada para manutenção da postura. Funcionalmente estas contrações estabilizam articulações. Por exemplo, para alcançar à frente com a mão, a escápula precisa ser estabilizada de encontro ao tórax.

Características da contração isométrica:

15% de contração isométrica máxima, ocorre diminuição do aporteq sangüíneo, compressão dos capilares pela tensão interna (dimensão do fluxo sangüíneo);

30% de contração isométrica máxima, ocorre alteração metabólicaq (atividade anaeróbia);

50% de contração isométrica máxima, ocorre bloqueioq da irrigação;

Indicada para a articulação com arco doloroso, articulaçõesq instáveis e pós-operatório;

Tem vantagens de trabalhar a articulação semq movimentá-la e tem um ganho de força rápido;

É sugerido trabalhar estaq contração com o número de 5 a 10 repetições, como o tempo de 5 a 7 segundos por contração e de 3 a 5 vezes por semana. Trabalhar com 50% da força máxima.



CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA

Um encurtamento do músculo durante a contração é chamado uma contração concêntrica (dinâmica positiva) ou de encurtamento. Exemplos seriam os músculos quadríceps quando um indivíduo está se levantando de uma cadeira ou os flexores do cotovelo quando um indivíduo está levando um copo até a boca. Nas contrações concêntricas a origem e a inserção se aproximam produzindo a aceleração de segmentos do corpo, ou seja, acelera o movimento.

Características da contração concêntrica:

Aumento da absorção de oxigênio (aumento com aq intensidade do exercício);

Gasta seis vezes mais energia do que a contraçãoq excêntrica;

Recruta cinco vezes mais unidades motoras do que a contraçãoq excêntrica;

A força concêntrica aumenta com velocidade baixa (maior ligaçãoq entre actina e miosina).



CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA

Quando um músculo alonga-se durante a contração, esta é chamada uma contração excêntrica (dinâmica negativa) ou de alongamento. Exemplo seriam o quadríceps quando o corpo está sendo abaixado para sentar-se e os flexores do cotovelo quando o copo é abaixado até a mesa. Nas contrações excêntricas a origem e inserção se afastam produzindo a desaceleração do segmentos do corpo e fornecem absorção de choque (amortecimento) quando aterrissando de um salto ou ao andar, ou seja, freia o movimento.

Características da contração excêntrica:

40%q de maior tensão em relação a contração concêntrica e contração isométrica máxima;

Maior exigência muscular;q

Menor gasto energético;q

Menorq recrutamento de unidades motoras;

A tensão excêntrica aumenta comq velocidades maiores;

O esforço excêntrico é maior do que oq concêntrico.



RELAÇÃO ENTRE FORÇA E RESISTÊNCIA NAS CONTRAÇÕES

Impondo uma resistência sobre uma força realizada, pode-se ocorrer três situações: a força superar a resistência, a força ser superada pela resistência e a força ser igual a resistência.

Na contração concêntrica a força sempre superará a resistência imposta, fazendo com que o movimento desejado seja concretizado. Por exemplo, uma pessoa tentando empurrar um carro um uma subida, se o carro subir, a força aplicada pela pessoa será maior que a resistência imposta pelo carro, realizando assim uma contração concêntrica.

Na contração excêntrica a força sempre será superada pela resistência imposta, fazendo com que o movimento desejado não seja concretizado. Por exemplo, uma pessoa tentando empurrar um carro em uma subida, se o carro descer, a força aplicada pela pessoa foi menor que a resistência imposta pelo carro, realizando assim uma contração excêntrica.

Na contração isométrica a força é sempre igual a resistência imposta, fazendo com que o movimento desejado fique estático. Por exemplo, uma pessoa tentando empurrar um carro em uma subida, se o carro não se mover (nem para cima e nem para baixo), a força aplicada pela pessoa foi igual a resistência imposta pelo carro, realizando assim uma contração isométrica.

Resumindo, sendo força (F) e resistência (R):

Quando Fq > R, contração concêntrica;

Quando Fq < R, contração excêntrica;

q Quando F = R, contração isométrica.

Classificação dos Músculos nas Contrações

Anatomicamente, os músculos são descritos pelas suas fixações proximais (origem), fixações distais (inserção) e ações para produzir movimentos específicos das articulações. Apesar do conhecimento das fixações anatômicas e das ações seja essencial para estudo da cinesiologia, é importante reconhecer que estes fatores podem ser usados para predizer a função muscular apenas nas limitadas circunstâncias nas quais todos os seguintes ocorrem: a fixação proximal está estabilizada, a fixação distal move-se no sentido da fixação proximal (contração concêntrica), o segmento distal move-se contra a gravidade ou resistência, e um músculo atua sozinho.

Estas circunstâncias raramente ocorrem na função normal por várias razões: as fixações proximais muitas vezes movem-se no sentido das fixações distais fixas (cadeia cinemática fechada), as contrações e muitas vezes são excêntricas ou isométricas, o movimento no segmento distal muitas vezes é ajudado pela força da gravidade, e um músculo raramente (quase nunca) atua isoladamente e sim atua em conjunto com outros músculos.

Muito os termos diferentes podem ser encontrados para classificar a função dos músculos quando eles atuam na movimentação articular. Estes termos incluem agonista, motor principal, antagonista, sinergista, sinergista verdadeiro, sinergista auxiliar, motor auxiliar, neutralizador, fixador e estabilizador. Dentre estas palavras algumas são sinônimas e outras têm definições diferentes. Embora não seja difícil determinar se um músculo está ou não se contraíndo, é difícil averiguar a finalidade ou razão pela qual está ocorrendo esta contração. Para reduzir essa terminologia, apenas três termos serão usados neste artigo: agonista, antagonista e sinergista.



MÚSCULO AGONISTA

Um músculo ou grupo muscular que está se contraindo que é considerado o principal músculo produzindo movimento articular ou mantendo uma postura é designado um agonista. O agonista sempre se contrai ativamente para produzir uma contração concêntrica, excêntrica ou isométrica.

Exemplo: o músculo agonista no movimento de abdução da coxa é o glúteo médio.



MÚSCULO ANTAGONISTA

O antagonista é um músculo ou grupo muscular que possui a ação anatômica oposta à do agonista. Usualmente o antagonista é um músculo que não está se contraindo e que nem auxilia nem resiste ao movimento mais que passivamente se alonga ou encurta para permitir que o movimento ocorra.

Exemplo: o músculo antagonista no movimento de abdução da coxa é o adutor magno.



MÚSCULO SINERGISTA

Um músculo é considerado sinergista sempre quando se contrai ao mesmo no tempo do agonista, mas não é o principal músculo responsável pelo movimento ou manutenção da postura. Normalmente o músculo sinergista e o movimento, e normalmente também existem mais de um músculo sinergista em um movimento articular.

Exemplo: os músculos sinergistas no movimento de abdução da coxa são o reto femoral, glúteo máximo (porção que se insere no tracto iliotibial), tensor da fáscia lata, glúteo mínimo, sartório e piriforme.

domingo, 3 de maio de 2009


JUDÔ NA ADOLESCÊNCIA:
A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO E PRÁTICA DE JUDÔ POR ADOLESCENTES
Por Tiago Ribeiro

A adolescência é a fase da vida em que ocorrem mais transformações, e é nessa fase que o ser humano passa a ter noções de mundo que ainda não tinha, passando assim por um processo de em sua forma de pensar e agir, uma vez que é principalmente nesse momento da vida o indivíduo aprende a lidar com diferentes fatores, tais como sexualidade, drogas, amor, responsabilidades, dentre outros.

Tendo em vista tantas transformações físicas e psicológicas, o jovem necessita de atividades que possam suprir tais alterações e inibições, auxiliando assim nesse difícil processo de desenvolvimento. Nesse sentido, o judô é uma das atividades em que o adolescente pode se firmar como um cidadão e aprender a formular e obter conceitos, regras e atitudes, as quais serão cobradas pelo professor (mestre).

O jovem ainda não tem a exata noção do quanto o judô é importante. Como disse Julio César Bueno Perciúncula, professor da disciplina de teoria e prática de Judô na Faculdade Cenecista de Ciências e Letras de Osório (FACOS), “não se trata apenas de uma arte marcial, mas sim de valores fundamentais para a formação de um cidadão”. Existe então uma lista de valores essenciais a que é preciso fazer respeitar, bem como de virtudes que o adolescente deverá adquirir, na qual constam: cortesia, coragem, sinceridade, controle de si, honra, modéstia, amizade e respeito, que consistem exatamente em:

Ø Cortesia: é um valor que se impõe desde o início ao jovem judoca sob a forma de uma "etiqueta" simples, porém rigorosa. É através desse valor que o jovem compreende as implicações das suas atitudes. No fundamental, é um conjunto de regras que determinam o comportamento de um grupo social e que convém respeitar.

Ø Coragem: a coragem dos heróis é aquela que é obtida como fruto de uma ação pontual. No Judô a coragem é de outra ordem: o saber começar, continuar sem resultado e nunca desistir.

Ø Sinceridade: saber ser verdadeiro, exprimir-se sem desvirtuar o pensamento. Obriga a um grande conhecimento e aceitação de si próprio. A sinceridade exprime-se no judô quanto à prática do combate em realizá-lo com o espírito isolado do resultado.
O autocontrole: o controle de si, particularmente das suas emoções, para ficar centrado e preservado ao máximo às suas potencialidades, sem entrar na excitação ou na apatia.

Ø Honra: dignidade moral em relação a si e aos outros, que permite em especial ao jovem judoca não aceitar ganhar a qualquer custo.

Ø Modéstia: saber que se pode ganhar hoje mas perder amanhã, saber colocar o ego no seu lugar, para funcionar em harmonia com os outros.
Ø Amizade: virtude na qual sabe–se que todas as horas passadas em conjunto a transpirar, procurar, opor-se no respeito, não são ilusórias, nem é o fim das relações de cumplicidade muito úteis para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade.

Ø Respeito: ao tapete, ao professor, aos princípios, à integridade física dos outros e a seu valor humano, bem como a si mesmo, é uma das peças fundamentais do sucesso do judô e do seu alto valor educativo. A etiqueta é então um conjunto de regras de um cerimonial em prática numa coletividade instituição política.

Além das virtudes inerentes ao Judô, deve-se considerar que a prática do Judô por adolescentes contribui para:

Ø desenvolver de forma global e harmoniosa os jovens, em suas dimensões física, intelectual, emocional e social, assim como sua formação cívica;

Ø garantir a saúde e segurança nas atividades desenvolvidas;

Ø propiciar oportunidades de desenvolvimento pessoal e social, através da integração no grupo e do desenvolvimento da auto-estima;

Ø proporcionar oportunidades para que os jovens possam viver experiências agradáveis, fazer novos amigos, aprender novas habilidades, adquirir hábitos de auto disciplina e persistência e aprender a cooperar e competir com lealdade;

Ø garantir a todos os jovens a oportunidade de se aperfeiçoarem, conferindo ao mesmo tempo àqueles que manifestem aptidões fora do comum a possibilidade de poderem evoluir,se o desejarem, para níveis mais elevados do rendimento desportivo;

Ø privilegiar o desenvolvimento do gosto pela prática, a aprendizagem correta e consistente das técnicas, o enriquecimento do "vocabulário" motor e o desenvolvimento geral das capacidades motoras, por oposição à valorização excessiva da vitória e do resultado, que conduzem facilmente ao treino intensivo;

Ø evitar apresentar a vitória e as medalhas como as únicas referências de sucesso, devendo, pelo contrário, encorajar e elogiar o esforço efetuado e o progresso individual atingido por cada praticante, independentemente dos resultados alcançados.

O judô impõe suas regras para que desse modo suas teorias possam ser conhecidas, aprendidas e respeitadas. Assim, os jovens entendem a realidade de que o judô não só é uma luta como também é, senão principalmente, um modo de preparar-se para a vida. O judô na sua forma de trabalho lúdico e vivenciado propõe uma dinâmica de ensino pedagógico mais aberto, e, através de movimentos diferenciados, coopera com aprendizagens importantes para a vida em sociedade, proporcionando uma educação interativa, favorecendo um aprender mais autêntico e significativo.


Mesmo respeitando as mais diversas opiniões, tem-se claro que o judô mostra - e efetivamente tem - um valor educativo incontestável, no qual o indivíduo adquire sua bagagem de experiência e aprendizado, desenvolve a percepção e realiza um excelente exercício global para sua individualidade. DIAS (In BARRETO, 2000.), afirma que: “escrever está no âmbito da forma, o que mais alicerça o desenvolvimento dessa atividade é o movimento”. Percebe-se assim a necessidade e a importância do judô na vida de toda a pessoa para que essa possa ter o seu papel psicomotor bem definido.

O judô tem na sua filosofia a transformação pelo treinamento de ataque e defesa, a educação corpo, mente e espírito, trabalhando a essência do seu próprio ser, onde o indivíduo exercita com a prática da humildade a perseverança, desenvolvendo com a força física e técnica a disciplina, o respeito e educação, regras basilares dessa arte milenar.

Barreto (Klint, Apud Werneck, 2000, p.92) ensina que “crianças com letra feia, agitadas em excesso, dispersas, apáticas, desorganizadas ou que esbarram em tudo, poderiam ser ajudadas se fossem encaminhadas, precocemente a um trabalho de psicomotricidade”, e esse trabalho é realizado através do estudo e prática do Judô. Portanto, considerando tudo que foi até aqui abordado, estão apresentados os argumentos e razões da importância do estudo e prática de Judô por jovens, adolescentes e pessoas de todas as idades, uma vez que todos têm talento e potencial, basta desenvolver!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETO, Sidirley de Jesus. Pisicomotricidade: educando e reeducando. Blumenau. Acadêmica, 2000.

JANICOT, D., POUILLART, G. Judô - a Técnica, a Tática, a Prática. Editorial estampa(1999).


REFERÊNCIAS

Site: www.judobrasil.com.br - Acessado em 24/11/2007, às 19:35h.

Lições e anotações de aulas ministradas por Perciúncula, Júlio César Bueno. Sansei de judô e professor da disciplina de Teoria e Prática de Judô na Faculdade Cenecista de Ciências e Letras de Osório(FACOS).



Geneterapia







  • É uma Terapia Genética para recuperar músculos afetados pela idade ou por doença.







    Doping Genético


    Tratamentos que regeneram músculos, revigoram-nos e os protegem do envelhecimento estão em testes para combater doenças musculares. Entre esses tratamentos, há terapias que dão aos pacientes um gene sintético que produz, por anos, grandes quantidades de substâncias que promovem o crescimento dos músculos. Esse tipo de geneterapia pode transformar a vida de idosos que sofram de “distrofia muscular”.
    Mas é também, infelizmente, a realização de um sonho para um atleta adepto do doping.
    Não é possível distinguir as substâncias produzidas por esse gene de seus correspondentes naturais, e elas só são fabricadas localmente, no tecido muscular. Nada chega à corrente sangüínea; portanto, não há o que detectar no sangue ou na urina.
    Acredita-se que, em pouco tempo, a superação dos recordes será desumana e teremos atletas fazendo 100 m rasos em 4 segundos.

    Chegará um tempo em que manipular o DNA será tão comum para obter uma melhora no desempenho competitivo, que breve estaremos prestes a ver uma das últimas olimpíadas sem atletas geneticamente modificados.


    Como aplicar?


    Existem várias formas de se realizar o doping genético. A primeira é a injeção direta de genes, através da fabricação de uma célula com conteúdo genético modificado. Depois de cultivada em um meio específico ela pode ser reimplantada diretamente na célula muscular do atleta. Isso poderia, de certa forma, moldar as características genéticas da célula muscular do atleta para uma determinada modalidade como as fibras musculares são capazes de absorver e “aceitar” o DNA artificial, com esta injeção poderíamos transformar um maratonista, resistente a provas longas, num exímio velocista.
    Outro método conhecido é a utilização de vírus portadores de genes modificados. Inoculando alguns tipos de vírus, que podem ser manipulados, seria feito uma modificação no conteúdo genético do vírus, incluindo um outro gene artificial, como exemplo; a eritropoetina -substância muito usada no doping convencional e também produzida pelo próprio organismo relacionada com a produção de glóbulos vermelhos que, por sua vez, são responsáveis pela oxigenação dos tecidos e dos músculos, principalmente durante os exercícios. Um novo gene que seria injetado no corpo através de um vírus faria o músculo produzir mais eritropoetina do que o normal, melhorando a performance aeróbica do atleta, já que seu organismo incrementaria a produção de glóbulos vermelhos e os músculos teriam um conseqüente ganho no aproveitamento de oxigênio para obtenção de energia.


    Resumindo:


    O crescimento e a recuperação muscular são controlados por sinais químicos, que por sua vez são regulados por genes. A perda muscular devido à idade ou a doença pode ser revertida pelo aumento ou pelo bloqueio desses sinais, com a adição de um gene sintético, mas os atletas poderiam usar a mesma técnica para aumentar o tamanho, a força e a resistência do músculo, e o tratamento seria indetectável.
    Quando a terapia genética entrar em uso clínico, será difícil evitar seu abuso, mas a maneira de encarar esse melhoramento biológico também pode mudar.



O PROFESSOR E A DOCÊNCIA: O ENCONTRO COM O ALUNO
Marlene Grillo

Resumido por Tiago Ribeiro e revisado por Kelly Martins

O texto de Marlene Grillo faz uma reflexão sobre o que é a docência: o verdadeiro papel do professor no que abrange o ensino em si, a atividade docente e o significado de Didática. Como professora de Didática, Grillo instiga a pensar e “re-pensar” o ser, o saber e o fazer docente.
No primeiro tópico, a autora aborda “o deslocamento do encontro”, ou seja, o como o indivíduo chega ao encontro (encontro de ensino-aprendizagem), com seu conhecimento construído, e o papel da prática da mediação entre o conhecido e novo conhecimento por parte do professor, que deve assumir a condição de “professor – investigador”, instigando o aluno a refletir e repensar seus conceitos, como explica: “debatendo, trocando ideias, questionando hipóteses, propondo e analisando o novo e estimulando sínteses originais sobre o já sabido.”
Essa ação de instigação provoca o deslocamento de conceitos, e o resultado desse deslocamento, dessa reflexão e ação é o que podemos ver no último tópico, e consiste na “recomposição pelo encontro”, no qual o sujeito desconstrói e reconstrói seu conhecimento.
Mas, segundo Grillo, para que haja verdadeiramente esse deslocamento seguido de recomposição, é necessário que o professor domine as duas ideias-chave que mobilizam a docência: a instabilidade do contexto da sala de aula e o sentido de totalidade do ensino.
A primeira ideia, a de instabilidade, nada mais é do que dizer que não há formulas para o funcionamento da vida em sala de aula. Isso porque, como afirma Houot no texto de Grillo, “(...) Você tem diante de si um público que nunca é o mesmo e sabe preparar-lhe surpresas (...)”. Assim sendo, o professor deve saber improvisar para poder ensinar com eficácia, sabendo sempre cruzar seus conhecimentos teóricos com práticos, necessitando exercitar sua sensibilidade e intuição para realizar a leitura do ambiente e agir sobre e a partir dele.
Se assim não acontecer, o professor tende a perder o vigor da docência, caindo na mesmice, na “inércia”, acarretando na falta de interesse docente por inovações, podendo inclusive não encontrar mais significado verdadeiro em atividades propostas rotineiramente, como afirma a autora no primeiro subtópico desenvolvido (“A instabilidade do contexto da aula”).
Já na segunda ideia-chave, “o sentido de totalidade da docência”, Marlene Grillo ressalta que a docência envolve o professor em sua “totalidade”, tendo suas práticas docentes analisadas sob quatro dimensões distintas, mas convergentes: a dimensão pessoal, a prática, a contextual e a de conhecimento profissional. Logo, o professor é um sujeito inteiro, e é como sujeito inteiro que ele se relaciona e assume compromisso com o aluno, consigo mesmo, com o conhecimento e com a sociedade, não podendo mais reduzir a prática docente a uma linhagem especificamente técnica, e sim a um resultado da totalidade do sujeito docente.
Na dimensão pessoal, temos a indivisibilidade da figura do professor no que concerne aos âmbitos pessoal e profissional de seu sujeito. O professor, sendo um sujeito, é portanto subjetivo, e ao entrar em sala de aula carrega consigo toda sua subjetividade: seus valores, ideologias, teorias e o que mais lhe acompanhar, cruzando sua maneira de ser com sua maneira de ensinar e vice-versa. Mas o que ele deve saber, independente da linhagem de teoria e/ou ação, segundo Marlene Grillo, é que a prática educativa, uma mistura de construções cognitivas e afetivas, deve estimular o aluno a diferentes - mas correlativos - aprendizados: “o aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser.”
Outra dimensão, a que se refere ao agir docente, às direções seguidas pelo professor em meio à complexidade da sala de aula, sem esquecer de cruzar os saberes teóricos com os práticos, formais e empíricos. O conhecimento profissional docente, por sua vez, se refere aos conhecimentos indispensáveis para a prática pedagógica, que articula o eixo científico, o psicopedagógico, o empírico e o resultante da prática pedagógica embasada pela reflexão crítica acerca da mesma.
O diferencial do conhecimento profissional docente em relação aos outros segmentos profissionais é, conforme a autora, que esses quatro eixos constituem um todo flexível, dinâmico e atualizável para se adaptar às exigências da vida educacional, não havendo limites precisos ou um conhecimento definido aplicável a casos concretos, dada a subjetividade e complexidade do processo de ensino-aprendizagem.
Já a quarta dimensão é o que o torna mais acessível e interessante o processo de ensino-aprendizagem para o estudante: a dimensão contextual. É o que abre a prática docente para a realidade do aluno, tornando a aula mais dinâmica e mais acessível a apropriação do conteúdo pelo aluno, na maioria das vezes fazendo ele se interessar mais, assim como ter mais prazer ao aprender.
Para concluir seu artigo, a doutora em Educação enfatiza que a Didática, matéria mais que obrigatória na formação de todo e qualquer docente, consiste em muito mais do que ensinar “novas técnicas para passar a matéria e o conteúdo”, e sim trabalhar a união do teórico com o prático no agir docente, estimulando ao exercício fundamental da afetividade e receptividade, trabalhando a importância do improviso e da flexibilidade, destacando o papel do afeto, da ternura, do acolhimento, da “relevância do equilíbrio entre a seriedade e o bom humor”, ou ainda, do exercício da descontração sem perder os objetivos e a autoridade.
Enfim, Grillo nos diz que a atividade docente abrange o professor como um sujeito inteiro, e não só alguém que exerce a prática docente com conteúdos e técnicas, e que é esse professor, em sua totalidade, que é o sujeito promotor dos encontros com os alunos. Promotor no sentido de promover, de mover, de dar impulso, de provocar a mudança, ou seja, o “deslocamento do encontro” e que, com a formação contínua e ideal de aliar afetividade e cognição, conhecimento, promove o “deslocamento do encontro” e a “recomposição pelo encontro”, essenciais em todo real processo de ensino-apredizagem.